Restrição de Crescimento Seletiva

Restrição de Crescimento Seletiva

Definição:
A restrição de crescimento seletiva é quando, em uma gestação gemelar monocoriônica (apenas uma placenta), um dos fetos tem estimativa de peso abaixo do percentil 10, enquanto o outro gemelar tem estimativa de peso adequada.

Ela ocorre em cerca de 10 a 25% das gestações monocoriônicas. Sua identificação é importante, pois uma vez que temos estabelecida uma restrição de crescimento seletiva, o risco para a ocorrência de transfusão feto-fetal aumenta.

Em casos mais graves de restrição de crescimento seletiva, ocorrem alterações no fluxo de sangue da artéria umbilical. Nestas circunstâncias, a morte espontânea a de um ou dos dois gemelares pode ocorrer em até 40% das vezes.

Como é feito o diagnóstico:
O diagnóstico é feito por meio da ultrassonografia, que deve ser sempre realizada quinzenalmente, em casos de gestações gemelares monocoriônicas não complicadas.

Deve-se inicialmente certificar-se que os fetos dividem uma única placenta, o que muitas vezes só é possível com exames precoces (antes de 14 semanas de gestação).

Confirmado que trata-se de uma placenta única, após realizar as medidas da cabeça, abdômen e fêmur é possível estimar os pesos fetais e identificar se um feto tem crescimento restrito, enquanto o outro tem crescimento adequado.

Procedimento indicado:
Atualmente, não existe tratamento específico para a restrição de crescimento seletiva. Estabelecido o diagnóstico de restrição de crescimento seletiva, a ultrassonografia deverá ser feita semanalmente, e sempre acompanhada da dopplervelocimetria para avaliar os fluxos sanguíneos fetais.

As restrições de crescimento seletiva são classificadas em 3 tipos diferentes: Tipo I, II ou III. Cada tipo deverá ter um acompanhamento individualizado. Também podemos dizer que cada tipo de restrição de crescimento seletiva possui riscos diferentes de comprometimento dos fetos e da gestação.

Nos casos mais graves, pode estar indicada a Cirurgia Fetal Endoscópica com Ablação de Anastomoses Vasculares Placentárias.

Veja mais